Facções criminosas avisaram sobre os ataques no Pará pelas redes sociais
Desde o início deste ano de 2019 são divulgadas nas redes sociais mensagens de um tal Comando Classe A (CCA), fazendo ameaças a lideranças de outras facções, como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Sem nenhum pudor, as tais mensagens apontavam que agiriam em quatro estados: Pará, São Paulo, Amapá e Acre.
O tal CCA tem, inclusive, perfil no facebook, onde publica as ameaças de forma pública e impunemente. Apesar de todas as evidências, a cúpula da segurança pública do Pará não agiu preventivamente, não houve quaisquer medidas para evitar a carnificina, que culminou com as 57 mortes, sendo 16 decapitações no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA) na segunda-feira, 29, a maior chacina da região.
Em entrevista coletiva, após a chacina, os dirigentes da Superintendência do Sistema Penal e da Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmaram que a chacina se tratou de confronto entre integrantes do Comando Classe A e do Comando Vermelho.
Os líderes do CCA atearam fogo em uma cela onde ficavam integrantes do CV. O local foi adaptado a partir de contêiner, ajudando o fogo a se alastrar muito rapidamente, matando vários presos morreram por asfixia, já que a fumaça foi muito intensa no local.
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No Centro de Recuperação Regional de Altamira havia abriga 311 presos, sendo que a capacidade do presídio é de 208 pessoas, segundo informações da Susipe.
Se o setor de inteligência da segurança pública estadual tivesse feito simples buscas na internet a cúpula da Segup e sa Susipe poderia ter se antecipado ao crime e evitado a carnificina com investigação séria sobre as mensagens que continuam nas redes sociais das facções criminosas.
As últimas mensagens foram postadas dias 28 de maio e 9 de junho deste ano. Apesar do aviso, a Susipe divulgou que nenhum relatório da inteligência do órgão reportou sobre o provável ataque no presídio de Altamira e em nenhum outro. "Temos protocolos para a maioria dos casos, mas neste específico, não tínhamos informações sobre um ataque dessa magnitude", admitiu o titular da Susipe, Jarbas Vasconcelos.
Após a chacina, 46 presos do presídio de Altamira foram transferidos para o Complexo de Americano, localizado em Santa Isabel, na Região Metropolitana de Belém. A cúpula da Susipe afirma que eles são envolvidos com as facções e dez deles são líderes do crime organizado no sistema penintenciário.
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Facções criminosas avisaram sobre os ataques no Pará pelas redes sociais
Reviewed by Alexandre Meireles
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julho 31, 2019
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