Amigos de artista preso em Salinas negam que ele seja traficante: "portava um simples baseado"


Um grupo de amigos do artista Higor Tohany, detido numa festa de música eletrônica no último sábado (20), em Salinas, nordeste paraense, publicou uma nota aberta no Facebook, contando detalhes do caso e questionando a decisão da Justiça, que mantém presos Tohany e mais duas pessoas, o advogado Adrian Willian Cascaes Campelo e Arthur Luís Gaia Pantoja.
O trio é acusado de tráfico de drogas, mas, no entanto, a versão é contestada pelo grupo. Segundo os amigos, Tohany havia terminado de se apresentar em uma festa e aguardava a produção do evento disponibilizar um transporte para que ele pudesse retornar para casa, quando houve a batida policial no local.
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Tohany foi revistado e flagrado com um cigarro de cannabis pela metade, o que, para a polícia, foi o suficiente para detê-lo juntamente com as outras duas pessoas, que também portavam quantidades pequenas de drogas sintéticas. Os envolvidos negam que sejam traficantes, alegando que as drogas eram para consumo próprio.
Nota do Facebook
PARA ENTENDER O CASO TOHANY:
Muitas pessoas tem perguntado o que aconteceu com o Higor Tohany, como está a situação dele e o que podem fazer para ajudá-lo. O relato abaixo procura responder a essas perguntas.
Tohany estava em Salinas para apresentações artísticas na Zin Beach, uma das barracas mais badaladas de Salinas. Se apresentou sob aplausos na quinta e na virada de sexta pra sábado. Por volta das cinco e meia da manha, logo após sua apresentação, ia retornar para sua residência, na cidade de Benevides. Como a organização do evento que o contratou pediu para que ele e a companheira dele, que também foi contratada, aguardassem por um momento até que chegasse um transporte de apoio, eles ficaram no aguardo dentro do evento.
Pouquíssimos minutos depois, houve uma batida policial que deteve algumas pessoas, alegando consumo e venda de drogas no local. Várias pessoas foram detidas, e o Tohany foi uma delas. Portava um simples baseado (cigarro de maconha) apagado. Devia assinar um TCO na delegacia e ser liberado. Porem, o delegado o indiciou por trafico de drogas e pediu sua prisão preventiva.
Nessa batida foi detido, longe do Tohany, um advogado de nome Adrian Willian que portava drogas sintéticas. No seu depoimento ele assumiu que a droga era dele, mas para consumo próprio. Ele e o Tohany não se conhecem. Tambem foi detido o Arthur, amigo do Tohany que estava perto dele e que foi autuado sob a acusação de portar sete comprimidos de ecstasy. Ele nega que estivesse portando essa substancia, e o Tohany disse não ter visto ou saber de droga sintética alguma com ele, a não ser uma única porção de ecstay apreendida na revista. Arthur também foi indiciado por trafico de drogas.
Mas o Higor, o que tem a ver com tudo isso? Pelas evidencias, depoimentos dele e dos dois outros, nada!

Os autos registram um oficio do Ministério Publico pedindo providencias contra o trafico de drogas em Salinas e contra algumas festas. Apesar da pequena quantidade de droga apreendida, foi mostrado sensacionalisticamente na mídia como uma mega operação de combate às drogas. O texto da assessoria de comunicação da Policia Civil foi publicado nos jornais sem considerar a ética jornalística que exige, no mínimo, ouvir os acusados.
Providenciamos a defesa jurídica do Tohany. Como na audiência de custodia o juiz converteu o flagrante em prisão preventiva, a defesa do Tohany protocolou nessa terça-feira, um pedido de revogação da prisão preventiva com farta argumentação apontando que o acusado é réu primário sem antecedentes criminais; que tem residência fixa, vive de seu trabalho como artista e não tem interesse em evadir-se; que não há nenhuma comoção pública; que a quantidade de drogas apreendida com ele não caracteriza tráfico e que, portanto, Tohany não deve permanecer preso, podendo responder ao processo em liberdade . Até agora (inicio da manha de quarta-feira) o juiz ainda não se pronunciou. Acreditamos que o pedido será aceito. Porem, em liberdade, o processo continua na justiça.
A publicidade da prisão despertou um movimento espontâneo de solidariedade. Amigos e familiares se articulam numa campanha que tem se fortalecido a cada dia. O apoio financeiro em pequenas quantias tem sido fundamental para a condução pois, ao contrario do que diz a mídia, Tohany é de uma família de trabalhadores com poucos recursos financeiros. Por isso a campanha de arrecadação continua para viabilizar a defesa jurídica e a infraestrutura necessária de apoio ao Tohany enquanto estiver respondendo ao processo. Ele encontra-se recolhido na penitenciaria de Salinas. Também tem sido muito importante o debate do assunto nas mídias sociais para que um inocente não vire réu.
Com isso, damos continuidade na campanha de arrecadação de fundos para custos do processo.
Aos que quiserem ajudar de alguma forma, segue o contato de whatsapp para orientação na campanha e dados da conta para deposito: (91) 983242945 – Náiade Pollo.
MOVIMENTO TOHANY LIVRE!




Procurada pela reportagem, a Polícia Civil confirmou que a quantidade de drogas apreendida eram “unidades”, ressaltando que a decisão de manter os elementos presos é da Justiça.
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“Várias pessoas foram detidas, e o Tohany foi uma delas. Portava um simples baseado (cigarro de maconha) apagado. Devia assinar um TCO na delegacia e ser liberado. Porém, o delegado o indiciou por tráfico de drogas e pediu sua prisão preventiva”, diz a publicação do movimento denominado Tohany Livre!
Tohany e os outros dois homens continuam detidos.
Fote: DOL
Amigos de artista preso em Salinas negam que ele seja traficante: "portava um simples baseado" Amigos de artista preso em Salinas negam que ele seja traficante: "portava um simples baseado" Reviewed by Alexandre Meireles on julho 24, 2019 Rating: 5

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