Em 2018, mais de dois mil celulares foram apreendidos em presídios no PA, diz Susipe
Mais de dois mil aparelhos celulares foram apreendidos dentro de presídios no Pará em 2018, de acordo com levantamento da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Os dados apontam que cinco aparelhos são apreendidos por dia.
Para a Polícia, a falta de controle facilita a entrada dos aparelhos, que acabam permitindo que detentos continuem praticando crimes de dentro das unidades penais.
Uma vítima no Pará contou que, em uma ligação, um possível detento disse que seria um primo precisando de dinheiro. "Eu perguntei o que era e ele disse que estava chegando em Belém, mas teve um problema no carro e precisava de ajuda, já que não tinha acesso a cartão de crédito nem débito, e ele precisava trocar uma peça do carro", disse.
Um dos casos mais complexos, segundo a Polícia, é a compra e venda de veículos anunciados pela internet.
Em uma conversa entre criminosos e vítima, a Polícia identificou a ação de um detento tentando vender um veículo por R$58 mil.
Na ligação, o suspeito diz : "Bom dia, amigão. Prazer, Hugo. Esse carro aí, está com meu primo, tá. Ele falou que eu podia vender. Eu sou aqui de Novo Progresso, na região de Marabá. Vou te fazer a R$ 58 mil. Por causa de 2 mil reais, rapaz, nós não vamos brigar, não".
O diretor da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), Neyvaldo Silva, diz que o prejuízo da vítima no caso foi d e R$45 mil, pois foi convencida a fazer um depósito em nome de uma pessoa que não tem qualquer vínculo ao veículo ofertado. "Os indícios são de que o suspeito esteja no sistema carcerário no sul do país".
Segundo o diretor, em 2018 foram registradas 40 denúncias de crimes via telefone que podem ter partido de detentos. "Começou com falso sequestro, mas quando eles viram que a população está alertada, eles criam outros golpes. Agora o que está muito é o golpe do veículo", explicou.
Para o especialista em segurança pública, Thiago Brito, a ferramenta é também utilizada para o crime organizado, a fim de planejar e comandar a ação de dentro das cadeias. "Isso pode representar um maior número de crimes, ordens sendo dadas de dentro da prisão para cometimento de sequestros, roubos, monitoramento do tráfico, e outros", disse.
A Susipe disse em nota que o novo superintendente, Jarbas Vasconcelos, ainda deve apresentar o planejamento de ações a curto, médio e longo prazo, além de divulgar informações atualizadas sobre a segurança nas unidades prisionais. Segundo a Susipe, a data dessa divulgação ainda não foi marcada, mas nestes primeiros dias do ano, o superintendente está realizando reuniões para conhecer todas as questões que envolvem o sistema penal.
Para a Polícia, a falta de controle facilita a entrada dos aparelhos, que acabam permitindo que detentos continuem praticando crimes de dentro das unidades penais.
Uma vítima no Pará contou que, em uma ligação, um possível detento disse que seria um primo precisando de dinheiro. "Eu perguntei o que era e ele disse que estava chegando em Belém, mas teve um problema no carro e precisava de ajuda, já que não tinha acesso a cartão de crédito nem débito, e ele precisava trocar uma peça do carro", disse.
Um dos casos mais complexos, segundo a Polícia, é a compra e venda de veículos anunciados pela internet.
Em uma conversa entre criminosos e vítima, a Polícia identificou a ação de um detento tentando vender um veículo por R$58 mil.
Na ligação, o suspeito diz : "Bom dia, amigão. Prazer, Hugo. Esse carro aí, está com meu primo, tá. Ele falou que eu podia vender. Eu sou aqui de Novo Progresso, na região de Marabá. Vou te fazer a R$ 58 mil. Por causa de 2 mil reais, rapaz, nós não vamos brigar, não".
O diretor da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), Neyvaldo Silva, diz que o prejuízo da vítima no caso foi d e R$45 mil, pois foi convencida a fazer um depósito em nome de uma pessoa que não tem qualquer vínculo ao veículo ofertado. "Os indícios são de que o suspeito esteja no sistema carcerário no sul do país".
Segundo o diretor, em 2018 foram registradas 40 denúncias de crimes via telefone que podem ter partido de detentos. "Começou com falso sequestro, mas quando eles viram que a população está alertada, eles criam outros golpes. Agora o que está muito é o golpe do veículo", explicou.
Para o especialista em segurança pública, Thiago Brito, a ferramenta é também utilizada para o crime organizado, a fim de planejar e comandar a ação de dentro das cadeias. "Isso pode representar um maior número de crimes, ordens sendo dadas de dentro da prisão para cometimento de sequestros, roubos, monitoramento do tráfico, e outros", disse.
A Susipe disse em nota que o novo superintendente, Jarbas Vasconcelos, ainda deve apresentar o planejamento de ações a curto, médio e longo prazo, além de divulgar informações atualizadas sobre a segurança nas unidades prisionais. Segundo a Susipe, a data dessa divulgação ainda não foi marcada, mas nestes primeiros dias do ano, o superintendente está realizando reuniões para conhecer todas as questões que envolvem o sistema penal.
Fonte:(G1 Pará)
Em 2018, mais de dois mil celulares foram apreendidos em presídios no PA, diz Susipe
Reviewed by Alexandre Meireles
on
janeiro 09, 2019
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